segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ironia no poema “É ela! É ela! É ela! É ela!”

O tema da mulher idealizada é constante na obra de Álvares de Azevedo. No poema em questão, a imagem da virgem sonhadora é simbolizada pela lavadeira, uma forma de denunciar os problemas sociais e, ao mesmo tempo, reportar a imagem feminina ao modelo materno.
No poema "É ela! É ela! É ela! É ela!", a musa eleita é uma lavadeira. Dizendo-se apaixonado, o eu-lírico a observa enquanto dorme e retira do seio da amada uma lista de roupa, que imaginara ser um bilhete de amor. Trata-se de uma forma melancólica de expressar a grandeza das relações humanas e representar a concretização do amor.
O emprego de termos elevados em referência à lavadeira, tais como "fada aérea e pura", é um fator que reforça o riso por associar a lavadeira a uma musa inspiradora e exaltadora da paixão. Trata-se, portanto, de um poema de linha irônica e prosaica, que revela os valores morais daquela época.
O poema, no conjunto das estrofes acima transcritas, revela tédio e melancolia. Esses sentimentos são reforçados pelo murmúrio do eu-lírico, "É ela! É ela!", ao visualizar sua amada.
A figura da lavadeira no poema é a de uma mulher que não se pode possuir. Dessa maneira, o poema afasta a possibilidade de concretização do ato sexual, confirmando a idealização da mulher no período romântico.


Marina Porto e Manuella Jucá - 9ºA.

O que podemos entender com a Antítese personificada

Nos poemas de Álvares de Azevedo, a ironia está sempre presente. A antítese compreende por ideias contrárias e nas coisas que ele escreve há ideias opostas.

Marina Porto e Manuella Jucá - 9ºA.

O poeta Álvares de Azevedo

               Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, escritor e contista, da segunda geração romântica brasileira. Suas poesias retratam o seu mundo interior. É conhecido como "o poeta da dúvida". Faz parte dos poetas que deixaram em segundo plano, os temas nacionalistas e indianistas, usados na primeira geração romântica, e mergulharam fundo em seu mundo interior. Seus poemas falam constantemente do tédio da vida, das frustrações amorosas e do sentimento de morte. A figura da mulher aparece em seus versos, ora como um anjo, ora como um ser fatal, mas sempre inacessível. Álvares de Azevedo é Patrono da cadeira nº 2, da Academia Brasileira de Letras.
               Álvares de Azevedo deixa transparecer em seus textos, a marca de uma adolescência conflitante e dilacerada, representando a experiência mais dramática do Romantismo brasileiro. De todos os poetas de sua geração, é o que mais reflete a influência do poeta inglês Byron, criador de personagens sonhadores e aventureiros.
               Em alguns poemas, Álvares de Azevedo surpreende o leitor, pois além de poeta triste e sofredor, mostra-se irônico e com um grande senso de humor, como no trecho do poema "lagartixa": "A lagartixa ao sol ardente vive,/ E fazendo verão o corpo espicha:/ O clarão de teus olhos me dá vida,/ Tu és o sol e eu sou a lagartixa".
               Álvares de Azevedo encara a morte como solução de sua crise e de suas dores, como expressou no seu famoso poema "Se eu morresse amanhã": "Se eu morresse amanhã, viria ao menos/ Fechar meus olhos minha triste irmã;/ Minha mãe de saudades morreria/ Se eu morresse amanhã!".
Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) nasceu em São Paulo no dia 12 de setembro. Filho do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa Azevedo, foi um filho dedicado a sua mãe e a sua irmã. Aos dois anos de idade, junto com sua família, muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1836 morre seu irmão mais novo, fato que o deixou bastante abalado. Foi aluno brilhante, estudou no colégio do professor Stoll, onde era constantemente elogiado. Em 1945 ingressou no Colégio Pedro II.
               Em 1848, Álvares de Azevedo volta para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde passa a conviver com vários escritores românticos. Nessa época fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano; traduziu a obra Parisina, de Byron e o quinto ato de Otelo, de Shakespeare, entre outros trabalhos.
             Álvares de Azevedo vivia em meio a livros da faculdade e dedicado a escrever suas poesias. Toda sua obra poética foi escrita durante os quatro anos que cursou a faculdade. O sentimento de solidão e tristeza, refletidos em seus poemas, era de fato a saudade da família, que ficara no Rio de Janeiro.
Em 1852, doente, abandona a faculdade. Vitimado por uma tuberculose e sofrendo com um tumor, é operado mas não resiste. Morre no dia 25 de abril, com apenas 21 anos.
            Álvares de Azevedo não teve nenhum livro publicado em vida. Sua poesia "Se eu morresse amanhã!", escrita alguns dias antes de sua morte, foi lida, no dia de seu enterro, pelo escritor Joaquim Manuel de Macedo.
*Principais obras: Lira dos vinte anos; Se eu morresse amanhã!; Poesias Diversas; Poema do Frade; O Conde Lopo; Estudos Literários; Noite na Taverna; A lagartixa e Adeus , meus sonhos!.


Marina Porto e Manuella Jucá - 9ºA

Comparando as canções

A semelhança é que ambas conseguem retratar o amor em forma de música mas a diferença é que as canções de antigamente eram bem mais melosas e trágicas do que as de hoje, que preferem não mostrar muito isso pelo medo de serem repreendidos.

Marina Porto e Manuella Jucá - 9ºA.

A música romântica

 
 
a) Estilo das composições de Beethoven: O estilo de Beethoven tem características marcantes: grandes contrastes de dinâmica (pianíssimo vs. fortíssimo) e de registo (grave vs. agudo), acordes densos, alterações de compasso, temas curtos e incisivos, vitalidade rítmica.

Ficheiro:Chopin, by Wodzinska.JPG
 Estilo das composições de Chopin: Chopin considerava a maioria dos seus contemporâneos com alguma indiferença, apesar de ter muitas amizades com aqueles ligados ao romantismo na música, na literatura e nas artes (muitos deles através de sua ligação com George Sand). A música de Chopin é, entretanto, considerada por muitos como um ponto culminante do estilo romântico. A pureza clássica relativa e a discrição em sua música, com pouco exibicionismo extravagante, em parte reflete sua reverência por Bach e Mozart. Chopin nunca cedeu à explícita "pintura cênica" em sua música ou usou títulos programáticos, punindo os editores que renomearam suas peças desta forma.

b) Características das composições da época: As composições eram inspiradas em quadros ou livros, descreviam uma arte, contavam uma historia, uma música descritiva, onde o romantismo literário se confunde com o musical.     Apesar de grandes mudanças nas formas de fazer música algumas características do classicismo ainda são herdadas

c)
Partitura de Beethoven:
 Partitura de Chopin:

Marina Porto e Manuella Jucá - 9ºA